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Brasileiros vítimas do tráfico humano eram forçados a dar golpes virtuais

Dois brasileiros, Phelipe de Moura Ferreira e Luckas Viana dos Santos, foram mantidos reféns por três meses por uma máfia de golpes cibernéticos em Mianmar, no Sudeste Asiático.

Durante o período de cárcere, eles relataram que foram forçados a aplicar golpes em outros brasileiros, sob pena de sofrerem punições que incluíam até mesmo eletrochoques. As duas vítimas fugiram com 85 pessoas de 50 nacionalidades diferentes, com o apoio de uma ONG.

Ferreira relatou à CNN que era obrigado a aplicar golpes não só em brasileiros, mas em pessoas de várias partes do mundo, como Rússia, Itália e França. Ele observou que os brasileiros eram mais difíceis de enganar, pois já sabiam que se tratava de um golpe e que a modelo utilizada para “fisgar” as vítimas não era real.

Resgate

Cíntia Meirelles, coordenadora da ONG Exodus Road Brasil, afirmou à CNN que a ONG auxiliou as famílias das vítimas na elaboração e envio de cartas à Defensoria Pública da União (DPU) pedindo o repatriamento dos filhos.

Veja o local do resgate:

Segundo ela, os dois rapazes fugiram do cativeiro e foram interceptados pelo Exército Democrático Budista dos Karen, uma organização armada local. Eles foram levados para um local pertencente ao grupo, onde permaneceram até serem transferidos para a Tailândia. Posteriormente, foram para a embaixada brasileira em Bangkok, cpaital tailandesa.

Segundo familiares, Ferreira e Santos chegarão ao Brasil na próxima quarta-feira (19).

Relembre o caso

O pai de Ferreira relatou que o jovem já havia trabalhado em Laos, Dubai e Filipinas. Em agosto de 2023, ele voltou ao Brasil e recebeu uma proposta no Telegram para ganhar 2.000 dólares por mês trabalhando na Tailândia.

Ele aceitou a proposta e a empresa comprou sua passagem. Ao chegar, foi levado para um hotel e gravou um vídeo para um amigo, dizendo que o motorista da empresa o buscaria no hotel.

Duas horas depois, Ferreira percebeu que estava entrando em uma mata e em uma estrada de terra. Ele mandou sua localização para o amigo, mas logo perdeu o contato. O amigo achou estranho e foi verificar a localização, constatando que ele não estava na Tailândia, mas sim em Mianmar.

Após alguns dias, a vítima começou a mandar mensagens para a irmã pelo perfil falso que criaram para ele. Ele relatava o sofrimento que estava passando, dizendo que era espancado e eletrocutado. Em um contato recente, ele mostrou as pernas machucadas e os braços roxos para o pai.

Em mensagens enviadas para o pai, Ferreira fala sobre a tentativa de fuga que ocorreria dias depois. Veja abaixo: 

Conversa de Ferreira com o pai sobre a fuga • Reprodução

*Sob supervisão

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