O Corinthians vive uma verdadeira maratona de jogos no começo da temporada de 2025. Em um mês e sete dias de temporada, a equipe comandada por Ramón Díaz já teve a pré-temporada e mais dez jogos disputados no Campeonato Paulista.
A estreia do Timão foi no dia 16 de janeiro, em Bragança Paulista, contra o Red Bull Bragantino. Menos de um mês depois, na última quarta-feira (12), o Corinthians recebeu o Santos na Neo Química Arena e completou seu décimo jogo em 27 dias. Sendo assim, o Timão disputa uma partida a cada 2,7 dias.
“No Campeonato Paulista, o tempo mínimo entre uma partida e outra para um clube é geralmente de 72 horas (3 dias). Esse intervalo é estabelecido para garantir um descanso adequado aos jogadores e evitar sobrecarga física. No entanto, em casos excepcionais, como agendas apertadas ou reprogramações, esse período pode variar, mas 72 horas é o padrão mais comum”, explicou Carlos André De Freitas Lopes, Advogado Desportivo com mais de 20 anos de experiência.
Sendo assim, o Corinthians faz uma maratona sem respeitar o tempo mínimo entre as partidas. A responsabilidade do calendário, claro, é da Federação Paulista de Futebol e o clube do Parque São Jorge, assim como qualquer outro da competição, poderia entrar na Justiça Desportiva ou em contato direto com a FPF para aumentar o intervalo entre os jogos.
“Se um clube for forçado a jogar com um intervalo menor que o recomendado (72 horas), ele pode recorrer à Justiça Desportiva ou à própria FPF para contestar a decisão, alegando prejuízo competitivo ou risco à integridade física dos atletas. Em casos extremos, o clube pode até solicitar o adiamento da partida, mas isso depende da análise da entidade organizadora”, explicou.
“Se o clube aceitar jogar sem contestar, não há punição direta, mas ele pode sofrer consequências indiretas, como desgaste físico dos jogadores e possível queda de desempenho. A punição, quando ocorre, é mais direcionada à entidade organizadora por má gestão do calendário, e não ao clube”, finalizou.
