Uma turista que visitava a “Igreja de Ouro”, em Salvador (BA), com o namorado e amigos, na hora do desabamento do teto, relatou à CNN momentos de desespero: “Traumatizada, sentimento de tristeza”, afirmou Aline Mazocchi.
Das cinco pessoas feridas, duas eram amigas de Aline.
O casal sentou na primeira fileira e mesmo assim conseguiu sair da igreja sem ferimentos. “Ele me protegeu, me jogando embaixo de um dos bancos e se jogando por cima”, contou Aline. “A gente teve muita sorte, porque o pedaço do teto que estava acima da direção para onde a gente correu, não caiu completamente”, completou.
Os amigos que a acompanhavam sentaram um pouco atrás e dois tiveram ferimentos. Uma delas levou 12 pontos após ter a perna perfurada por destroços. “A gente teve que rasgar as calças dela para o ortopedista poder acessar porque inchou muito e ela não conseguia mais tirar as calças,” explicou Aline.
Uma outra amiga de Aline teve um ferimento mais grave, com uma fratura exposta na perna. “As pessoas ficam falando que foram escoriações suaves e simples, mas não foi assim”, afirma.
Alguns minutos antes do desabamento, Aline visualizou as rachaduras em parte do teto da igreja. “Olhamos para cima, por cima do nosso ombro esquerdo. Eu e meu namorado vimos a rachadura, que foi abrindo, e de repente caiu tudo. Foi tudo muito rápido”, explicou.
Segundo Aline, cerca de 20 pessoas estavam na igreja no momento do desabamento. “Saímos pela única porta, pela seção dos azulejos”, disse Aline.
Morte
A paulista Giulia Panchoni Righetto, de 26 anos, morreu na tarde desta quarta-feira (5), quando o teto da Igreja São Francisco de Assis, no Pelourinho, desabou.
Natural de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, Giulia trabalhava em uma empresa multinacional de alimentos e vivia na capital paulista. Nas redes sociais, ela costumava publicar imagens de seu cotidiano, como viagens que fazia, aniversários e fotos com amigos.
