Search
Close this search box.
  • Home
  • Polícia
  • Quase 6 mil pessoas foram baleadas no PA, RJ, BA e PE em 2024

Quase 6 mil pessoas foram baleadas no PA, RJ, BA e PE em 2024

Em 2024, foram registrados 6.769 tiroteios, com quase 6 mil pessoas baleadas, mais de 4 mil mortos e 1.800 feridos. Quase um terço do total de tiroteios monitorados, 29%, ocorreram durante ações policiais. É o que aponta o relatório anual do Instituto Fogo Cruzado, divulgado nesta quarta-feira (19). O estudo analisa os estados do Pará, Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco.

A violência policial no Pará apresentou o maior índice entre os estados monitorados. Dos 694 tiroteios registrados na região metropolitana de Belém, 42% ocorreram durante ações policiais.

Ainda de acordo com o relatório, apesar de expressiva redução na violência armada no Rio de Janeiro em 2024, ao menos 36% dos tiroteios estavam relacionados a operações policiais, afetando 1.968 unidades de ensino e 1.136 unidades de saúde. O número de crianças baleadas também atingiu seu recorde no ano passado. Foram 26 jovens entre zero e 11 anos baleados, o maior índice de toda série histórica do Instituto.

Já em Pernambuco, foram 146 crianças e adolescentes baleados em 2024, resultando em 101 mortes. Desde 2019, foram 735 casos entre jovens de zero a 17 anos. Além disso, 97% dos disparos ocorridos na região metropolitana resultaram em vítimas, o maior índice em todos os estados mapeados pelo Fogo Cruzado.

Na Bahia, o número de tiroteios em Salvador e região metropolitana manteve-se estável, apresentando uma pequena redução de 0,4% em comparação com 2023. Mas chama a atenção o número de chacinas. Foram 27 registradas em 2024, resultando na morte de 92 civis. 59% aconteceram em ações policiais.

Terine Coelho, gerente de pesquisa do Instituto Fogo Cruzado,  aponta fatores que levaram a este resultado.

“Isso de deve a uma política de segurança pública focada no confronto ao invés de privilegiar a prevenção à violência. Outro fator que explica o elevado número de tiroteios é o aumento expressivo do armamento em circulação”.

Ela também aponta o que os dados refletem.

“Dados como esse nos mostram que sem o devido controle da atividade policial e sem que se tenham mecanismos adequados de fiscalização e controle das armas em circulação no país a população se vê refém do medo e da alta letalidade dos tiroteios”.

Ainda de acordo com a especialista, é preciso mais investimentos em investigação e inteligência. Além disso, é preciso criar mecanismos para controlar o acesso a armas de fogo no país.


Clique aqui para acessar a Fonte da Notícia

VEJA MAIS

Brasil atropela República Dominicana e avança às quartas da AmeriCupW

A seleção brasileira feminina de basquete continua com 100% de aproveitamento na AmeriCupW (Copa América…

Mulheres terão pelo menos metade das vagas na segunda fase do CNU

Uma das novidades da segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CNU), conforme anunciou o…

Brasil supera Canadá e vence a segunda na Americup feminina

Com um ótimo desempenho no último quarto, a seleção brasileira feminina de basquete conseguiu seu…